http://www.rtp.pt/index.php?article=285068&visual=16 Participantes em conferência internacional exigem o levantamento do bloqueio ao governo palestiniano |
Os participantes na conferência internacional "Iniciativa Jerusalém: por uma paz justa na base de dois Estados: Israel e Palestina" exigiram hoje à comunidade internacional que levante o bloqueio ao governo palestiniano. |
Na declaração aprovada na conferência considera-se ainda que "a paz só é possível com a retirada de Israel dos territórios ocupados a partir de 1967 e a criação de dois Estados", disse à agência Lusa Gustavo Carneiro, da direcção do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), que participa na conferência. A delegação do CPPC, que inclui também Vítor Paulo Silva, da Comissão de Paz do CPPC de Beja, é uma das cerca de uma dezena de delegações de países europeus que participam na conferência em Jerusalém. Segundo Gustavo Carneiro, na conferência organizada pelo Partido do Povo da Palestina e pelo Partido Comunista de Israel estão ainda presentes delegações da Austrália, dos Estados Unidos e da Índia. A delegação portuguesa, que representa na conferência o Conselho Mundial da Paz, partiu sexta-feira para Israel e regressa quarta-feira. No âmbito do programa da conferência, a delegação do CPPC visitou sábado em Jerusalém o Muro que separa Israel dos territórios ocupados, que "na realidade separa comunidades palestinianas umas das outras", segundo Gustavo Carneiro. "É negado aos palestinianos o acesso ao emprego em Israel e é uma violação do direito à circulação mesmo dentro da Palestina", disse. Gustavo Carneiro e Vítor Paulo Silva estiveram ainda no mesmo dia com Comités Palestinianos Populares em Harram (nos arredores de Jerusalém), "localidade muito marcada pelo Muro de Separação", adiantou. Domingo, os membros do CPPC foram recebidos em Ramallah (Cisjordânia) pelo presidente em exercício da Assembleia Legislativa Palestiniana, Ahmad Bahar, e por vários deputados. "Em 132 deputados, 45 foram presos por Israel, que tem também detidos dois ministros - da Educação, Nasseredine Al-Chaer, e de Estado, Wasfi Qabha - e 68 autarcas", referiu Gustavo Carneiro, lamentado que "o governo de unidade palestiniano continue a ser marginalizado pela comunidade internacional, apesar de cumprir todas as exigências". Quando o movimento radical Hamas venceu as eleições legislativas nos territórios palestinianos no início de 2006 a comunidade internacional bloqueou a ajuda financeira ao governo palestiniano. A formação em Abril de um governo palestiniano de unidade nacional, que inclui ministros do movimento moderado Fatah e seis independentes, além do Hamas, não levou à alteração daquela situação. As delegações presentes na conferência "Iniciativa Jerusalém: por uma paz justa na base de dois Estados: Israel e Palestina" deverão agora dinamizar campanhas com o objectivo de relançar o processo de paz israelo-palestiniano nos seus países. No caso do CPPC, será feita pressão ao nível do governo de Portugal e também da União Europeia, aproveitando a presidência portuguesa que começa a 01 de Julho. De acordo com a direcção do CPPC, "pretende-se que Portugal assuma um papel dinamizador do processo de paz, considerando-se que a resolução do problema palestiniano passa pelo cumprimento das resoluções internacionais". Terça-feira assinalam-se os 40 anos do início da Guerra dos Seis Dias, que opôs Israel a uma frente árabe formada pelo Egipto, Jordânia e Síria, apoiada pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão. Na sequência do conflito armado Israel ocupou a Cisjordânia, o sector oriental de Jerusalém e os Montes Golã e aumentou o número de refugiados palestinianos na Jordânia e no Egipto. Para assinalar a data, o CPPC e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) entregam terça-feira na Embaixada de Israel em Portugal uma carta subscrita por 40 organizações portuguesas, nomeadamente sindicatos, de juventude e de defesa dos direitos humanos, exigindo o cumprimento das resoluções das Nações Unidas sobre o conflito. |
Os participantes na conferência internacional «Iniciativa Jerusalém: por uma paz justa na base de dois Estados: Israel e Palestina» exigiram hoje à comunidade internacional que levante o bloqueio ao governo palestiniano, noticia a Lusa.
Na declaração aprovada na conferência considera-se ainda que «a paz só é possível com a retirada de Israel dos territórios ocupados a partir de 1967 e a criação de dois Estados», disse à Lusa Gustavo Carneiro, da direcção do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), que participa na conferência.
A delegação do CPPC, que inclui também Vítor Paulo Silva, da Comissão de Paz do CPPC de Beja, é uma das cerca de uma dezena de delegações de países europeus que participam na conferência em Jerusalém.
Segundo Gustavo Carneiro, na conferência organizada pelo Partido do Povo da Palestina e pelo Partido Comunista de Israel estão ainda presentes delegações da Austrália, dos Estados Unidos e da Índia.
A delegação portuguesa, que representa na conferência o Conselho Mundial da Paz, partiu sexta-feira para Israel e regressa quarta-feira.
No âmbito do programa da conferência, a delegação do CPPC visitou sábado em Jerusalém o Muro que separa Israel dos territórios ocupados, que «na realidade separa comunidades palestinianas umas das outras», segundo Gustavo Carneiro.
«É negado aos palestinianos o acesso ao emprego em Israel e é uma violação do direito à circulação mesmo dentro da Palestina», disse.
http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?ContentId=209230&AreaId=23&SubAreaId=39&SubSubAreaId=79
Sociedade 04-06-2007 10:30
Médio Oriente
Conselho Português para a Paz e Cooperação no terreno
Um grupo de portugueses do Conselho para a Paz e Cooperação (CPPC) está no Médio Oriente e encontra-se esta segunda-feira com o Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas.
RR
http://www.rtp.pt/index.php?article=284728&visual=16 Delegação portuguesa na conferência para relançar processo de paz |
Dois elementos do Conselho Português para a Paz e Cooperação partiram hoje para Israel onde domingo participam numa conferência internacional que visa relançar o processo de paz israelo-palestiniano, disse à agência Lusa fonte do CPPC. |
Gustavo Carneiro, da direcção nacional do CPPC, e Vítor Paulo Silva, da Comissão de Paz do CPPC de Beja, deslocam-se a Telavive e Jerusalém a convite de organizações palestinianas e israelitas e representarão na conferência o Conselho Mundial da Paz. A conferência "Iniciativa Jerusalém: por uma paz justa na base de dois estados: Israel e Palestina" visa relançar o processo de paz israelo-palestiniano procurando criar um movimento de opinião com esse objectivo, disse Sandra Benfica, da direcção do CPPC. Espera-se que da reunião saia uma declaração que recolha assinaturas de organizações de vários países, que posteriormente dinamizarão a campanha nos seus locais de origem, explicou. No caso do CPPC, será feita pressão ao nível do governo de Portugal e também da União Europeia, aproveitando a presidência portuguesa que começa a 01 de Julho, adiantou Sandra Benfica. "Pretende-se que Portugal assuma um papel dinamizador do processo de paz, considerando-se que a resolução do problema palestiniano passa pelo cumprimento das resoluções internacionais", disse ainda. A delegação do CPPC, que estará em Israel até dia 05, tem também previstos encontros com várias organizações palestinianas e israelitas. Para sábado está programada uma visita ao Muro da Separação (entre Israel e os territórios palestinianos) e um encontro com os Comités Palestinianos Populares e para segunda-feira uma reunião com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mamuhd Abbas. Terça-feira assinalam-se os 40 anos do início da Guerra dos Seis Dias, que opôs Israel a uma frente árabe formada pelo Egipto, Jordânia e Síria, apoiada pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão. Na sequência do conflito armado Israel ocupou a Cisjordânia, o sector oriental de Jerusalém e os Montes Golã e aumentou o número de refugiados palestinianos na Jordânia e no Egipto. © 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A. |
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