Em Israel e no lado dos palestinianos há muita gente interessada em pôr fim à situação de guerra existente na zona. Esta oposição ao conflito é assumida particularmente pelas organizações não-governamentais. |
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No lado palestiniano, a elevada taxa de desemprego, 55 por cento na Cisjordânia e 80 por cento na Faixa de Gaza são dois dos principais factores que levam à radicalização política da população, neste caso, expresso pela vitória do Hamas, nas últimas eleições democráticas. A própria construção do muro de separação que Israel está a levar a cabo na Cisjordânica, em particular para proteger os colonatos ilegalmente instalados no território – e que duplicaram em menos de 15 anos -, vai contribuir, a médio longo prazo para o empobrecimento da população palestiniana, sobretudo nos meios rurais, impedida de aceder aos seus campos de cultivo, além de desarticular socialmente as comunidades, sem ligação entre si. Por outro lado, em Israel, assiste-se a uma “preocupante fasciszação e militarização” da sociedade, levada a cabo pelos partidos mais ortodoxos e as facções mais conservadoras do exército. Este processo, além de limitar seriamente a liberdade de expressão dos próprios israelitas traduz-se nas expressões de racismo contra, por exemplo os judeus de etnia africana e nas penas de prisão aplicadas aos objectores de consciência ao serviço militar. Os presos políticos palestinianos nas prisões israelitas elevam-se a cerca de 11 mil, de todas as formações políticas, entre os quais se contam, segundo dados internacionais, cerca de 300 menores e 45 deputados do parlamento da Palestina. http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=250938&idCanal=21 |
Cerca de meia centena de pessoas compareceram, dia 19, ao debate promovido pelo CPPC realizado na Associação 25 de Abril, sobre a questão palestiniana. Entre os presentes, encontravam-se representantes da representação diplomática palestiniana em Portugal.
Na mesa do debate, para além do moderador, o Coronel Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril, estavam o jornalista José Goulão e os dois representantes do CPPC que estiveram, no início de Junho, nos territórios palestinianos ocupados da Cisjordânia.
Gustavo Carneiro, da Direcção Nacional, e Vítor Paulo Silva, do núcleo de Beja, deram testemunhos da experiência vivida nos territórios da Palestina, traçando um retrato da ocupação israelita. O muro, que continua a ser construído, separa comunidades palestinianas umas das outras e inviabiliza a criação, no futuro, de um Estado palestiniano soberano, independente e viável.
Foi informado que prossegue também a um ritmo crescente a construção de colonatos nos territórios ocupados, bem como a destruição e ocupação de casas pertencentes a árabes. Estes, juntamente com o muro e com as estradas exclusivas para israelitas, criam um conjunto de «guetos» palestinianos separados entre si.
José Goulão fez uma análise circunstanciada da situação interna palestiniana e acusou a chamada «comunidade internacional» de falar em processos de paz mas nunca fazer nada para que Israel termine com a ocupação. «Enquanto se fala, a ocupação prossegue.»
O debate foi rico e terminou com o compromisso de todos os presentes de intensificarem a sua solidariedade para com o povo mártir da Palestina, num momento crucial da sua história.
No âmbito desta conferência, foi possível conhecer mais aprofundadamente questões como as consequências do «muro de separação» que Israel está a erguer na Cisjordânia, as implicações nas condições de vida do povo do bloqueio internacional aos sucessivos governos palestinianos ou o problema dos presos políticos.
Com o apoio da Associação 25 de Abril, o CPPC promoverá um debate sobre a situação que se vive nos territórios ocupados da Palestina, com o objectivo de partilhar estas e outras experiências recolhidas nesta visita.
O debate decorrerá no próximo dia 19 de Julho, pelas 21 horas, na sede da Associação 25 de Abril, na Rua da Misericórdia, n.º 95, em Lisboa.
A mesa será composta por José Goulão, jornalista e membro da mesa da Assembleia-Geral do CPPC, e pelos dois elementos que visitaram os territórios, Gustavo Carneiro, da Direcção Nacional, e Vítor Paulo Silva, do núcleo de Beja do CPPC.
Num momento particularmente difícil para a luta libertadora do povo da Palestina, o CPPC e a Associação 25 de Abril consideram que este debate poderá constituir um importante momento de esclarecimento e reforço dos laços de solidariedade com o povo da Palestina e com os que, em Israel, pugnam pelo fim da ocupação e pelo respeito pela soberania do povo palestiniano.
Contamos com todos!
Conselho Português para a Paz e Cooperação
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