Quinta-feira, 19 de Abril de 2007
Nem um soldado mais
Nem uma vida mais
Nem uma guerra mais
Nunca mais!
Não à NATO
Não às Bases
É sob este lema que se realizará, no próximo dia 6 de Maio a XXII edição da Marcha à Rota, uma grande iniciativa ibérica de luta pela paz, contra a NATO e as bases militares estrangeiras, que junta todos os anos em Puerto de Santa Maria (Espanha) milhares de activistas portugueses e espanhóis que se manifestam contra a presença de Bases Militares Estrangeiras na Península Ibérica e contra a NATO.
O Conselho Português para a Paz e Cooperação apela, mais uma vez, aos portugueses e portuguesas, a todos os que prosseguem em Portugal a luta pela paz e a solidariedade com os povos em luta, para que se juntem aos milhares de pacifistas espanhóis e portugueses que no próximo dia 6 de Maio juntarão as suas vozes para exigir o fim das bases militares estrangeiras na Península Ibérica e a dissolução da NATO.
As bases militares estrangeiras dos EUA e da NATO têm desempenhado um papel crucial no desenvolvimento da política de guerra, ocupação e chantagem do imperialismo. Constituem autênticos atentados à soberania nacional dos países onde estão instaladas e tornam-nos cúmplices dos crimes que estão a ser praticados no Afeganistão, no Líbano, no Iraque e na Palestina e das ameaças que sobem de tom contra o Irão.
Foi na Base das Lages que se efectuou a “Cimeira da Guerra”, em 2003.
É nas Bases das Lages, de Moron e da Rota que bombardeiros e caças têm sido reabastecidos e fizeram escala, para irem despejar morte, destruição e sofrimento na Europa, no Norte de África, no Próximo e Médio Oriente.
Foi através das bases militares dos EUA e da NATO que circularam os voos crime da CIA. Como já se provou também a base das Lajes serviu para o trânsito destes voos.
Foi na base das lajes que fizeram escala voos transportando material militar para abastecer a máquina de guerra israelita que massacrava então o povo Libanês.
As bases militares estrangeiras são uma permanente ameaça aos Estados que as acolhem e aos Estados vizinhos. Elas são instrumentos de guerra e domínio, reflectem uma política agressiva e militarista.
A marcha da humanidade para um mundo melhor, mais justo e de paz passa também pela nossa participação na Marcha da Rota.
O CPPC ESTÁ A ORGANIZAR A DESLOCAÇÃO DE UMA AMPLA REPRESENTAÇÃO PORTUGUESA NA MARCHA À ROTA
INSCREVE-TE NO CPPC
Domingo, 1 de Abril de 2007
O CPPC tem compromisso de informar, debater e mobilizar a sociedade Portuguesa nas causas da Paz e da Cooperação entre povos, contra a opressão ou a agressão da parte de poderes e poderosos.
A guerra faz-se afectando recursos à destruição de pessoas e bens. Ela significa quer a dissipação de recursos quer a alienação da vida e das condições que a suportam. A guerra é manifestação de irracionalidade, ou então, exercício de poder arrogante e discricionário contra o bem comum.
A Paz significa o bem comum a todos os homens por igual. Por isso se suporta na fraternidade entre pessoas e na cooperação entre sociedades.
A inovação armamentista, a acumulação de arsenais, o tráfego de armas, a multiplicação de bases militares, as infra-estruturas para vigilância e comando à escala regional e até mundial, são todos pressupostos materiais para a realização da guerra. Os blocos político-militares, as manobras militares, as acções de provocação, as intervenções no estrangeiro, são instrumentos políticos para concretizar a guerra.
Temos de estar criticamente atentos e denunciantes das circunstâncias que antecipam ou arriscam desencadear a guerra. E solidários com os povos que são agredidos ou de outro modo sofrem as circunstâncias de guerra latente.
Rui Namorado Rosa (Editorial, Notícias da Paz, Abril 2007)