Terça-feira, 5 de Junho de 2007

Embaixada de Israel recusa carta de protesto - Notícia Expresso

http://expresso.clix.pt/Actualidade/Interior.aspx?content_id=397648

Activistas ficam na rua
Incidente à porta da embaixada de Israel
Margarida Mota
 
Representantes de 55 ONG‘s lusas foram impedidos de entrar na embaixada de Israel. O apelo ao fim da ocupação chegou ao embaixador por um segurança.
 encontro fora previamente agendado, mas na terça-feira, ao princípio da tarde, nada aconteceu como o previsto em frente à embaixada de Israel, em Lisboa. "Havia três carrinhas da polícia e agentes de metralhadora apontada para nós", conta ao Expresso Elsa Rodrigues dos Santos, dirigente do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).
Elsa Santos e Luís Vicente, do Conselho Português para a Paz e Cooperação, dirigiram-se à embaixada de Israel, em representação de 55 organizações não-governamentais portuguesas, para entregar uma Carta-Apelo contra a ocupação israelita dos territórios palestinianos. Chegados à embaixada, os dois professores universitários viram-se impedidos de entrar. "Isto é uma provocação, vocês não podem entrar, entregam aqui a carta", afirmou um segurança israelita à porta do edifício da embaixada.
A representante do MPPM refere que os dois professores estavam acompanhados por "meia dúzia de representantes das organizações signatárias do documento", o que terá irritado os israelitas. "Eles estavam ali, tranquila e pacificamente… Não mostraram nenhum cartaz nem gritaram palavras de ordem…" Diz também que o encontro fora previamente agendado, tendo para o efeito a embaixada israelita "exigido" fotocópias dos bilhetes de identidade.
Nesta questão, como em quase tudo o que se refere ao conflito israelo-palestiniano, Israel tem outra versão dos acontecimentos. Contactada pelo Expresso, a embaixada israelita, pela voz do encarregado de negócios Amir Sagie, esclareceu que em frente à embaixada estavam "entre 15 e 20 pessoas", o que se trata de uma "manifestação ilegal" dado que as autoridades portuguesas não foram informadas. Esclarece também que o aparato policial a que se referem os activistas aconteceu "por iniciativa da própria polícia", encarregue da segurança diária àquela missão diplomática. Confirmou igualmente que a Carta-Apelo deu entrada na embaixada, pelas mãos do segurança.
Na véspera deste incidente, realizou-se na Casa do Alentejo uma sessão pública de intervenção, promovida pelo MPPM em que marcaram presença José Saramago e Abdullah Abdullah, Presidente da Comissão Política do Parlamento palestiniano. Se, no uso da palavra, o dirigente o palestiniano aproveitou para apelar à próxima presidência portuguesa da União Europeia que coloque "no topo da agenda o levantamento do embargo e das sanções ao Governo palestiniano", já o Nobel da Literatura reafirmou as posições que, há tempos, tanta polémica provocou em Israel: "Enquanto houver um palestiniano vivo, o Holocausto continuará", disse. "O que os israelitas sofreram em Auschwitz não os absolve nem lhes confere impunidade. São iguais aos carrascos dos nazis de que foram vítimas".
publicado por cppc às 20:47
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