Domingo, 25 de Março de 2007

O Conselho Português para a Paz e Cooperação

O Conselho Português para a Paz e Cooperação é a associação portuguesa de pacifistas livres e sinceros que lutam contra a guerra e pela resolução justa e pacífica de todos os conflitos no nosso pequeno e frágil Planeta.

É a associação portuguesa do Conselho Mundial da Paz aberta a todos que queiram aderir e pugnar pela causa da Paz no Mundo.

O CPPC está sedeado na Casa da Paz na Rua Rodrigo da Fonseca, 56-2º, 1250-193 Lisboa.

Telef.: 21 3 863 375 – Fax.: 213 863 221 E.mail: conselhopaz@netcabo.pt

Contactar: Vitor Silva ou Sandra Benfica

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Sábado, 3 de Março de 2007

Assembleia da Paz

 

 

Com a presença de mais de 150 aderentes, reuniu neste dia a XX. Assembleia da Paz, o órgão máximo de direcção do CPPC com o objectivo de aprovar as Contas, o Relatório de Actividade de acordo com o Plano de Acção aprovado na anterior XIX. Assembleia da Paz e debater e discutir o futuro, ou seja, o novo Plano de Acção e eleger a Direcção do CPPC e a respectivsa presidência.

 

Em síntese pode dizer-se que o novo Plano de Acção tem a ver com o anterior, pois como refere, "o novo milénio não trouxe à Humanidade a tão desejada esperança de um mundo de justiça e paz."

 

Assim, ficou aprovado por unanimidade que a acção do CPPC abrange seis áreas fundamentais que muito sinteticamente podem ser descritas do seguinte modo:

 

Segurança e Desarmamento: Luta contra a militarização e, em particular, a militarização da União Europeia.

 

Solidariedade e Cooperação: Tanto com os povos do Próximo e Médio Oriente como da América Latina e  África,  apoiando a luta e resistência dos povos contra a guerra, ocupação e ingerência estrangeira.

 

Paz e Desenvolvimento: Apoiar as acções que denunciem e combatam as iniquidades da globalização neo-liberal e todas as formas de exclusão e discriminação, além de pugnar por um mundo de justiça e progresso social.

 

Relações Internacionais: Trabalhar no sentido do cumprimento das resposabilidades do CPPC no quadro de Conselho Mundial da Paz e apoiar laços de colaboração e articulação activa com outras estruturas e movimentos.

 

Ampliação do Campo da Paz: Aprofundar a colaboração com organizações, movimentos e outras estruturas portuguesas em prol da paz, da solidariedade e da cooperação, procurando engrossar o movimento de opinião pública em Portugal. Neste quadro, o CPPC procurará também contribuir para que Portugal assuma uma política internacional no respeito da pessoa humana e da lei internacional.

 

Reforçar o CPPC: Estruturar o trabalho no sentido de envolver os aderentes na sua actividade quotidiana, promovendo estreita colaboração entre órgãos sociais, aderentes e Comissões da Paz. Melhorar os mecanismos de Informação e Comunicação com um sítio do CPPC na Internet e editando regularmente o "Notícias da Paz".

 

A Direcção eleita na XX. Assembleia da Paz ficou constituída pelos seguintes aderentes:

Presidente e vice-presidentes: Rui Namorado Rosa, Vitor Pedro Silva, Luís Matos Vicente.

Tesoureiro: Maria Elvira Palhinhas

Secretários: João Martins, Paula Alexandra Santos, Sandra Cristina Benfica.

Vogais: Carmen Marques, Cláudia Madeira, Dieter Dellinger, Gustavo Antunes Carneiro, Mário Beja Santos, MartaAlexandra Matos, Paulo António Oliveira, Rita Rato Fonseca.

 

A Mesa da Assembleia conta com os seguintes nomes:

Presidente e vice-Presidente: Carlos Manuel Candal e Álvaro Rana.

Secretários: José Manuel Goulão e Joana Dias Pereira.

 

Comissão Fiscalizadora:

Presidente: José António Avelãs Nunes.

Vogais: Francisco Mateus Vilhena e João Carlos Lopes Saraiva.

 

A Presidência conta com os nomes de 84 personalidades de relevo representativas de todos os sectores de actividade da sociedade portuguesa cuja enumeração não cabe no espaço reduzido de um Post de Blog. 

 

publicado por cppc às 21:37
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Sexta-feira, 2 de Março de 2007

Post Cacau Quente

Sexta-feira, Março 02, 2007

Faz a Paz



Amanhã, Sábado, pelas 9h30, Assembleia da Paz. Realiza-se na sede da CGTP-IN, na Rua Vitor Cordon.

Vem fazer a Paz. Vem fazer um mundo melhor, porque não só é possível, como é urgente.

Da Proposta de Resolução:

«O mundo actual assenta em injustiças dolorosas, numa altura em que o avanço técnico – científico permite enviar naves aos planetas mais distantes e, mais importante ainda, permitiria erradicar a fome, a miséria e grande parte das doenças endémicas.

O CPPC proclama, nesta Assembleia da Paz, a sua determinação de trabalhar melhor, de unir, ganhar mais portugueses para levar a sua acção mais longe na luta pela paz, pela cooperação e solidariedade com os povos.

Em nome da “segurança”, as liberdades individuais e colectivas estão a ser limitadas. Não bastou a aprovação do Acto Patriótico nos Estados Unidos – que permite, por exemplo, a detenção de um suspeito por longos períodos – secundada por aprovação de legislação idêntica em quase todos os países da União Europeia. Nos EUA foi ainda aprovada, no âmbito da alegada luta contra o terrorismo, legislação que prevê a utilização da tortura para obter confissões e informações.

A CIA, a coberto destes pretextos e utilizando voos clandestinos, organizou raptos de cidadãos em países estrangeiros, transportando-os para prisões noutros, onde lhe é permitido a utilização da tortura, ou para o autêntico campo de concentração em que se transformou Guantanamo. Para vergonha nacional esses voos, de verdadeira ignomínia contra os direitos individuais, passaram por Portugal.

No mundo onde se gastam biliões de dólares a fazer a guerra, as Nações Unidas sentem-se impotentes para implementar os objectivos do milénio, tais como erradicar a fome e a miséria, garantir educação de qualidade para todos, reduzir a mortalidade infantil ou combater a SIDA, a malária e outras doenças. Na verdade os indicadores de desenvolvimento humano são claros: 1000 milhões de pessoas, não têm acesso a água tratada; 1/3 da humanidade não tem acesso a electricidade; 2, 4 mil milhões não têm acesso a saneamento básico; 34 milhões têm SIDA; 5 milhões de crianças morrem de fome por ano sendo que a cada 5 segundos morre uma criança, e segundo a FAO, 25 milhões de dólares por ano é quando bastava para reduzir drasticamente a desnutrição nos 15 mais famintos países da África e da América Latina e salvar da fome pelo menos 900 mil crianças até 2015.

No plano internacional, o CPPC, membro do Conselho Mundial da Paz, no qual assume responsabilidades ao nível dos seus órgãos estatutário, continuará a assumir uma relação privilegiada com esta estrutura, contribuindo para o seu reforço e estruturação de molde a corresponder aos exigentes desafios que se nos colocam pela frente. Continuará igualmente a desenvolver esforços no sentido de promover espaços de cooperação e acção com estruturas e movimentos estrangeiros e internacionais em torno das questões da paz, guerra e solidariedade, cooperação e amizade com os povos em luta.

O caminho da paz é longo, mas é o único que permitirá salvar a Humanidade e todas as suas conquistas civilizacionais. É essa a nossa força. Se juntarmos todos os interessados na paz seremos invencíveis. »

publicado por cppc às 22:44
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Quinta-feira, 1 de Março de 2007

Guerra Nuclear Actual - Opinião de Dieter Dellinger

            Um aderente do CPPC perguntou-me há dias qual o perigo de ser travada de uma guerra nuclear.

            Respondi-lhe que desde 1990, as Forças Armadas Norte-Americanas têm feito uso de armamento nuclear em todos os conflitos em que entraram, nomeadamente no Kosovo, na primeira guerra do Golfo, na Bósnia, no Afeganistão e agora no Iraque com consequências extremamente funestas para o futuro dos povos envolvidos e até dos militares americanos.

            Mas como assim? – Perguntou espantado o meu interlocutor.

            Pela via das munições fabricadas com o Urânio 238 que sobrou do enriquecimento em U-235 para o fabrico das grandes armas nucleares. Esse U-238, dito gasto, “depleted” em inglês, é um material extremamente duro, mas permite ser fundido para o fabrico de balas de diversos calibres, granadas e ser utilizado como balastro nos mísseis de cruzeiro. Sendo muito duro, as balas das pequenas peças automáticas de 20 mm podem perfurar a blindagem de um carro de combate por via do atrito de choque que funde o aço e se não o atravessa, pelo menos, aquece de tal maneira a viatura que as suas munições explodem ou arde o combustível que leva. Mas, ao mesmo tempo forma-se uma nuvem de subpartículas microscópicas de òxido de U-238 que se espalham na atmosfera ou nos terrenos e podem ser inaladas por seres humanos ou animais, inquinar os aquíferos e entrar nas plantas cultivadas. Não sendo o U-238 muito radioactivo quando concentrado, pois terá apenas um terço da radioactividade do Urânio natural, torna-se mortal quando transformado num spray de partículas microscópicas insolúveis de óxido que apresentam no seu todo uma enorme superfície de contacto, principalmente se forem inaladas por seres humanos. Na Bósnia, alguns soldados portugueses foram vítimas desse material, tendo, pelo menos, um falecido, sem que os médicos militares tenham querido revelar a origem do mal. Acrescente-se que o U-238 perde metade da sua radioactividade em 4,5 mil milhões de anos, pelo que continua a exercer a sua acção letal até ao fim do Planeta.

 

            Como é sabido, esclareci, o Urânio existe na natureza sob a forma de óxidos de urânio em diversos minerais como a pechblenda, a calcolite ou a autonite, para citar apenas alguns dos minérios uraníferos das minas de Urgeiriça. Nesses óxidos, o Urânio é uma mistura de dois isótopos, sendo geralmente 99,3% de U-238 pouco radioactivo e não cindível, portanto, sem uso nas grandes bombas e 0,7% de U-235 que é cindível e utilizável nos reactores nucleares e, bem assim, nas bombas. Nos processos de enriquecimento, o óxido de Urânio natural é transformado em hexafluoreto de Urânio. Depois, por centrifugação, separam-se os compostos mais pesados com U-238 dos mais leves com U-235. Ficam portanto toneladas de U-238 inaproveitadas, baratas ou gratuitas, que os americanos aproveitaram para endurecerem todos os seus projécteis explosivos e de impacto apenas.

            Em Abril de 1991, um mês após a guerra do Bush Pai no Golfo, um relatório secreto da Autoridade Britânica para a Energia Nuclear veio parar a um jornal que revelou a natureza tóxica do pó de U-238 e que foram então deixados no campo de batalha cerca de 40 toneladas do referido elemento, o qual poderia vir a causar nalgumas décadas mais de meio milhão de mortos.

            Os EUA dispararam 375 toneladas de munições com pontas de U-238 na Guerra do Golfo, 800 na do Afeganistão e 2.200 toneladas na invasão do Iraque. O facto de os combates terem sido travados em zonas pouco habitadas ou desérticas não elimina o perigo do pó de urânio que ficou para sempre nos referidos locais.

            As crianças são extremamente sensíveis ao referido pó que entra na circulação sanguínea e participa no crescimento ósseo com graves consequências cancerígenas. O U-238 é mutagénico por via das radiações alfa e gama que emite, as quais não sendo suficientes para se tornarem imediatamente letais, não deixam de ser extremamente perigosas quando entram nos pulmões e, como tal, no metabolismo humano ou animal.

            Por isso, também os filhos de pessoas que tiveram contactos com o pó de Urânio 238 podem nascer com malformações, o que aconteceu a 251 veteranos norte-americanos da Guerra do Golfo.

            Os riscos causados pelo pó são tanto de natureza química como radiológica e nos EUA foi divulgado um relatório do Dr. Asaf Durakovic, ex-chefe da Divisão de Ciências Nucleares do Instituto de Radiobiologia das Forças Armadas, que constata o facto de mais de 90 mil veteranos das guerras nucleares americanas estarem a sofrer de uma “desconhecida” doença debilitante crónica originada pelo pó de Urânio 238. O referido médico foi expulso das FAs e fundou o “Uranium Medical Research Centre” que tem alertado a opinião pública americana e mundial para o perigo do uso sistemático das munições de urânio que eleva a guerra dita convencional para um patamar pré-nuclear ou mesmo nuclear. E não é tudo, mas num próximo Post revelarei mais.

 

 Malformações Causadas pelo Pó de Urânio em Filhos de Militares Americanos, nomeadamente de Jovens Mulheres que estiveram ao Serviço das Forças Armadas dos EUA:

 

 

publicado por cppc às 18:31
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